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Gabriela

Gabriela Batista Pires Ramos, filha de Gildélia Batista Pires e José Geraldo Ramos, nascida em Salvador-Ba, mas filha de África.
Vi a luz aos 11 dias de fevereiro de 1988, em plena quinta-feira de carnaval fazendo com que mainha perdesse o desfile dos blocos de samba desse dia e seu amado Ilê no sábado. Na verdade, nascida em Salvador por um acaso dos porões negreiros e dos infortúnios que não permitiram que Garvey fizesse a repatriação antes de 1988, ano de meu nascimento, mas deu tempo de eu assistir nascer a Constituição Cidadã desse país e, acho que não por acaso, estou eu buscando essa cidadania toda. 
Ingressei no Curso de Direito da UNIFACS em 2005, no de Ciência Sociais da UFBA em 2007, perdi meu grande amor, minha mãe, no mesmo ano, tranquei Direito em 2008.1, com certa crise existencial e acadêmica. Fiz o mesmo com a UFBA em 2008.2, mas não por crise acadêmica e sim para estudar pra concurso, afinal, precisava garantir meu sustento e até a continuação de minha vida acadêmica agora que já não havia na barra de quem segurar. Outros meios se sustento podiam ser conseguidas, mas eu gosto de estabilidade, de garantia e preferi abdicar da vida acadêmica em prol de assegurar um emprego. Uma opção arriscada, afinal, é bem sabido que passar em concurso hoje em dia não é como a 10 anos atrás. Eu poderia dizer que por sorte, mas dispenso a modéstia e digo que por esforço, muito estudo e benção de meus orixás, passei e hoje sou servidora do MTE, tendo feito o concurso em dezembro de 2008 e sido nomeada  e  empossada na primeira convocação em maio de 2009. No mesmo ano retomei o curso de Direito, pagando as primeiras mensalidades de minha tia (DECA - ela merece um capítulo à parte) pois estava trabalhando na Secretaria de Seguranaça Pública que fui chamada em janeiro pelo processo seletivo para auxiliar administrativo pelo REDA.
Continuei deixando a UFBA em stand by por causa dos horários apertados de trabalho e faculdade de Direito.
Retomei a UFBA em 2010.1 solicitando horário especial de estudante, prerrogativa legal  que possibilita flexibilização de horários para os servidores estudantes.
No último ano de faculdade de Direito, estou querendo sanar de vez minha crise acadêmica e o conflito estabelecido entre o que acredito política e socialmente e o que o Direito e oferece: minha monografia está ai caminhando e sendo tratadas as linhas de minha defesa acerca das Ações afirmativas e efetivação dos Direitos Sociais.
Aqui nesse pedacinho de papel virtual, me exponho como Ashanti pra tentar buscar a força da mulher ganesa que pode haver em mim, mas aqui pretendo me desmanchar em parágrafos, estrofes e versos para quem quiser ouvir: sem técnica e, teoricamente, sem compromisso.