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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ode Eledá

Não sei se quero falar de mim ou falar de Ogum. 
Se bem que por esses tempos, e até a eternidade, não sei mais se falar de mim é possível sem falar de Ogum. 
Por mais piegas que seja, não tem como dizer diferente senão que Ogum é minha vida. 
Se não fosse, vida era que eu não teria: seria sopro, pó, rastro, menos eu viva.
Ogum é o homem que domina os caminhos, o ferro e minha vida a ferro e fogo. 
Fogo de Oyá, a única que carregou sua coroa no reinado de Irê. 
Ela, bela Oyá, a que guerreia com a elegância de uma rainha mesmo sendo búfalo.
De ser de Ogum e ter Oyá, todo caminho deixa de ser penar pra ser a brisa do contentamento, o sorriso da luta vitoriosa, do amor de unhas, carnes, dentes e olhos nos olhos.
Assim como nenhum ferro é forjado sem o fogo, apesar de não ser Oyá, eu não sou força, fé e amor sem o agboró da minha vida.
Ogum, eu não te amo, eu sou só esse amor por você!

De presente: PALAVRAS

Para Gabriela:
Eu a vi. Por instantes não reconheci. Está diferente. É diferente. Vontade de um abraço. Parece, agora, acolher. Não é mais ela. Toda linda. Toda branca. Ela é preta. Preta que ela é bonita. Grandeza no seu momento vivido. Penso nela. Penso no momento. Apenas grandeza. Beleza. Momento dela. Se antes a perguntava era: " Iansã cadê Ogum?". A resposta, nela, reside. Ogum é ela. Plena. Pleno. Não mais no mar. Ogum nela está.

sábado, 13 de novembro de 2010

Avisa lá que eu tô voltando!!!

Depois de mais de 2 meses sem escrever uma linhazinha sequer, eis que estou de volta. Isso não signfica que postarei frequentemente e sim que tentarei fazê-lo. rsrs...
Estou voltando feliz e renovada, com boas novas. E a mais nova e mais gostosa é o depósito de minha monografia sobre Ações Afirmativas. Enfim, conclui! Só falta a defesa na banca cuja data deverá ser divulgada na próxima semana.
Minha felicidade não é simplesmente pelo término na monografia, pelo alívio de tê-la conseguido concluir embora isso seja motivo suficiente pra pulos e mais pulos. Mas minha felicidade é em perceber que ao estudar para desenvolver meu tema, consegui vislumbrar outras perspectivas para a população negra desse quintal afro chamado Brasil.
Com o tempo, pretendo postar partes do meu trabalho com as principais conclusões a que cheguei com ele. É certo que algumas conclusões são óbvias, mas essa obviedade está restrita aos militantes de movimento negro que lidam com essas questões cotidianamente. Essa mesma obviedade não faz parte do entendimento da maioria dos meus professores e colegas não-negros. Deste modo, dizer o óbvio está sendomotivo de grande contentamento.

Enfim, estou voltando!
Com boa novas...
por partes!