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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sobre mandar a Chefe do Estado tomar no cu na frente do mundo todo:

1. Vai que ela gosta... Quanto moralismo e machismo num grito de guerra "político" só. 

2. Mesmo que ela goste, a intenção ofensiva é esdrúxula considerando que essas pessoas entendem isso como manifestação política. Pra mim, é constrangimento gratuito para ambas as partes. Sim, meus queridos: a careta fica na cara de quem faz e vocês fizeram cara de menino birrento pro resto do mundo achar que todo o país protesta mandando a Presidente praticar sexo anal (e comendo banana, é claro). 

3. Estavam protestando contra o que mesmo? Contra a Copa, depois de pagar um absurdo pelo ingresso? Sei... você é um manifestante blasé, fino, ocupa estádio pagando caro pra acessar e tomando Budweiser pra desfilar suas caras pálidas e fazer selfie nas Arenas que vocês reclamam ter sido construídas com verba que podia ter sido destinada a outras demandas mais urgentes do país. Certo, mas por que esse surto de generosidade social se quem tá no estádio está longe de precisar das políticas públicas que podem ter sido negligenciadas em prol da Copa? Já sei: ser politizado está na moda; precisa entrar no seu "querido diário" que participou de algum momento histórico. Bom.. só preciso te informar que isso não entra no Lattes.

4. Também acho que a Presidente cometeu uma série de equívocos em sua gestão, tenho sérias críticas ao seu mandato, por mim também não tinha Copa (mas já está tendo), contudo, não consigo vislumbrar nenhuma lógica no ato.

5. 
Enfim, todo o país devia praticar mais sexo (anal, oral, vaginal, tântrico) enquanto tenta racionalizar melhor seus "protestos".
A mim, o sexo sempre dá uma luz, inspiração, relaxamento... sempre consigo raciocinar melhor depois de alguns gemidos. Vamos lá, saíam dos estádios, ocupem as ruas ou os motéis: será menos desserviço.

6. Estamos em um Estado Democrático de Direito, vivemos um democracia, constitucionalmente, representativa, logo, se você avacalha quem escolheu como representante, está falando mais de si do que da própria figura da Presidente. Digo isso por que não interessa se você votou no PT ou não nas últimas eleições, a democracia representativa é isso: quem ganha um pleito eleitoral não representa só quem lhes deu o voto, representa também quem teve seu voto vencido. Portanto, meus nobres cidadãos brasileiros, naquela massa não-negra, não-pobre, não-feminina e heteronormativa, todos tomam no cu, sem beijinho e sem KY. Agora se ofendam!!!


#NãosoufiliadaaoPT
#NãomandariaAéciotomarnocu
#manifestaçãopolíticapadrãoFIFA

segunda-feira, 9 de junho de 2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Boca

quem tem boca fala o que quer
agora veja bem
tanta coisa pra se fazer com a dita cuja
desperdiça língua salivando a vida alheia
faça melhor proveito da sua
de preferência, embarace-a a minha

Silêncio

quanto a mim que tanto falo
meu silêncio é discurso
conversa fiada
exímia oratória 
erudição pura

quanto a mim que muito brigo
meu silêncio é discussão
um desaforo
destempero
repreensão
loucura

quanto a mim que pouco apaixono
meu silêncio é sofrimento
carta de amor
de despedida
quizila 
medo
 cura

terça-feira, 11 de março de 2014

#Bomdia

Tive um sonho molhado  e acordei pensando em quantas outras vezes fiquei molhada só de sentir o seu cheiro e o repousar de suas mãos em quaisquer partes de meu corpo. Me perdi nas contas, mas a excitação não foi embora. Horas depois, permaneci úmida. O meu receio é que essa sede de você sempre seque.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Há dias
Adia conversas

Com versos
Procura palavras

Pró-cura
De mágoas difusas

Histórias nem sempre tão duras

domingo, 23 de fevereiro de 2014

instagram: gabybpramos
Pra bom escrevedor
Meio guardanapo basta
Um riso risco é borracha
Inspiração só finge que passa

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Vestido(a)


No meu cantinho de despir
Saem as roupas

Repousa a fluida e amorfa essência

O amanhecer blinda


Reveste calças políticas
Lingeries sociais
Decotes ideológicos
Refaz vestimentas culturais

Traveste(i) cidadã


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nostalgia de Odu Itá

Que saudade do meu cantinho vestido de Mariwô
Paredes cruzadas de Pelegun
A cama verde
A suite de teto estrelado
O banho da força que vem da terra
Os chamados em palmas-triplamente-cadenciadas
As surpresas no fundo da dilongar
As frutas transbordando no alguidar
As visitas das crianças
A jóia no pescoço
O sino nos pés
As almas indo e vindo
As palhas enroladas pelo corpo
O corpo enrolado em puro branco
Tempo que passou, mas é presente
Passado sempre recente
Quando a contagem do tempo hierarquiza
 Yawô foi ontem, é hoje e será a cada manhã
Mesmo depois dos pés calçados
Dos adereços graduados
Dos assentos elevados
A espiritualidade sempre estará descalça
Tendo sido desde sempre de alto grau
E estando desde sempre de pé
A vida encantada por divindades das estradas
Cruzadas, retas, infantilizadas
Saudade de um início que nunca deixa de ser começo
Mistérios surpreendem tanto quanto protegem
A magia fora dos padrões milagreiros
As descobertas históricas da nossa própria história
As confidências e pedidos secretos aos amigos nem sempre invisíveis
Mas onipresentes, oniscientes e não-cristãos
Os segredos repassados
Juramentos firmados...
Saudade de ser só do meu Orixá.
Não ser do trabalho
Da minha carreira
Das minhas preocupações
Do mundo violento
Das intransigências minhas e alheias...
Graças a Tempo
De tempos em tempos
Sou obrigada a me abrigar.