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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

RELATOS DE CARNAVAL (I) - Pipoca com Chiclete

Segunda-feira de Carnaval, circuito Osmar, bloco desce, bloco sobe e o Camaleão passou levando seus ricos foliões que desembolsaram mais do que eu ganho no mês pra passar 3 dias ao som de Gu dá dá com a cara cheia de protetor solar e feição apática.
E olhando não tem como não perceber que quem curte De verdade o Chiclete é quem está ali beirando ao corda, tomando empurrão e revidando com uns socos e alguns logo logo levados pela rótamo, rondesp, caatinga serrena... qualquer da roupa marrom em sua mais variadas tonalidades e níveis de truculência.
Chiclete volta e eu lá de cima do apartamento, olho pela janela e só vejo uma fileirinha de abadás laranjas espremida em meio a uma massa. Sim, a pipoca engoliu o chiclete!!! Acho que foi a cena mais linda e mais emblemática que vi em todo o carnaval. A massa excluída respondendo à altura e espremendo aquela massa pálida e sem fôlego, mostrando de quem é a cidade e de quem (pelo menos) deveria ser o carnaval.
Seria uma delícia de se ver se, logo também não se pudesse notar que a PM resolveu trabalhar de cordeira do Chiclete posto que fez um nada discreto cordão de isolamento entre o bloco e a pipoca.

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